Apr 25, 2007

Quando não há aniversário

Como já notei que recebo mais comentários quando posto poemas, contos ou letras de música, do que quando faço qualquer comentário sobre alguma coisa, decido por hoje postar novamente um poema que estará no "Poemas lançados fora", lançado em julho. Mais uma vez, deploro o fato de não conseguir reproduzir a forma do poema no formato disponibilizado pelo blog. No mais, a vida continua sem grandes motivações e muito cansaço. Sigo trabalhando, de um modo geral, das sete à uma da manhã, em ofícios de naturezas muito díspares. No fim, acabei por não conseguir restringir-me à postagem de meus escritos, sem fazer qualquer aparte pessimista quanto aos fatos. Perdoem-me os que já leram este poema. Fico eu, seguem os versos.

Quando não há aniversário

em dias de tristeza
não se faz aniversário
as velas queimam cerejas

o tempo áspero trapo
arrasta no espaço buracos
miasmas lábios do avesso

destino enviesado
range demora e se chega
não há quem fomente o azo

batendo palmas
há o enfado do atraso
que não é seqüência nem pausa

não é calma nem pressa
um sopro do desabafo
que infesta se as velas vazam

3 comments:

Unknown said...
This comment has been removed by the author.
Unknown said...

Oi Gutoooo!!!

Gostei muito da sua parte..
Também gostei do poema..
Mas, a despeito do que escreveu sobre o fato das pessoas comentarem mais sobre músicas e poemas, eu sou o contrário..
Gosto mais da pessoalidade.
Gosto de ler as pessoas..
Decifrá-las através destes enigmas chamados palavras...
Elas revelam muito sobre nós, por mais abstratas que sejam.
Então.. Fica aqui meu registro e apreço pela sua LETRA. E fica tbm meu 'thanks' por sua doce visitinha.
Ah!!!!
E fica tbm, finalmente, o meu outro 'thanks' por me linkar.

Bjo na alma.

Anonymous said...

Ai Guto... Definitivamente não tem sido aniversário há uns meses...
As vezes fico bravinha contigo por me fazer rir, chorar, ter sensações estranhas, sem pedir licença. Mas você pode, e de qualquer maneira, sou eu quem procura...
Chorei. É.
Ah, tenta explicar qual o formato do poema, que eu tento imaginar. É o jeito, enquanto o livro não sai...