Descobri hoje, quase "en passant" (existe alguma tradução para isso "en portugais"?), que sou o único fornecedor de leituras não-acadêmicas a uma amiga. Falei disto ontem no trabalho, bancário, sobre esta obrigação da arte que estou decidindo se acredito ou não. Enquanto isso, obedeço.
H
No princípio, todas as palavras vinham com agá
Antes.
Certo dia, por não se saberem úteis,
Resolveram deixar a empresa.
Como sempre há fura-greves
E dedos-duros (embora estes não se encaixem na contenda,
o que em nada impede posarem de figurantes)
Ficou o agá de hoje, de há, de halo,
De hipogrifo.
Dinorah, faceira que só ela,
Ora tem, ora não tem
O pensado,
Mas não dito.
Se bem que,
No caso de Dinorá,
O agá não é de princípio.
p.s.: Este poema vai estar em "Poemas lançados fora", livro que lanço em junho ou julho deste ano pela 7Letras, do Rio.
Apr 12, 2007
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3 comments:
Gostei demais desse. Não sei bem porquê, acho que pela simplicidade.
Gosto da relação que os escritores estabelecem com as palavras, e quem diria, com as letras.
Poema pra ser lido em dias primaveris, como hoje.
Que poema meigo, fofo,hehe...Voc~e realmente tem o dom das palavras.Manda a música,eu agradeço.email:
katia_v_m@terra.com.br
Beijos meu novo amigo!!
Tive que voltar e comentar direitinho.H ,de há,de haver, prá mim é sentido de completitude, pois o que haveria de haver,se o H ali não estivesse.Eu gosto do H, mas gosto mais do teu poema.beijos
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