Aug 6, 2008

Le flaneur

Espero que as caríssimas não me sacrifiquem sem uma segunda leitura, nem mesmo que os queridos tomem estes versos apressadamente como lance de desforra. Escrevi há uns dias e eu mesmo me acusei de machista antes de destrinchar seus sentidos possíveis. É interessante como muito da ironia parace vir numa forma estreita e justa que precede as palavras. Depois da hermenêutica, achei quatro ou cinco saídas irônicas destes versos e pude, enfim, continuar me fantasiando de um homem justo!

elegia do avesso

que não se enganem as mulheres os homens
sempre andam a pensar em sexo
poetas são aqueles que às vezes pensam como mulheres
quando erram

7 comments:

FlaM said...

Mas guto, querido,
poetas não pensam,
erram
por esse mundo de letras
como as mulheres
por esse mundo de homens
bj, f

Anonymous said...

Homens não prestam e se aproveitam dos erros das mulheres pra não prestar mais ainda. Tudo o q seja dito além disso, há de ser mera redundância, ainda que mascarada de boas intenções.

Guto Leite said...

Não posso falar pelos outros, mas eu, ao menos, não presto. Tentei prestar há algum tempo, mas fiz pouco sucesso. Num tempo descartável, prestar é anacrônico...

Obrigado, queridas, pelas palavras, pela presença, pelo carinho leitura!

Mimi said...

kkkk, adorei!

É assim mesmo, mas eu não ligo, uso isso a meu favor.

já arrebentei corações assim, hohoho... mente quem diz...

;-)

beijo

Beatriz said...

Mais tu ést le flaneur, bien sur. E adoro vc mau, sem prestar. Nunca imprestável, ok?
Beijos

Guto Leite said...

Adorei tua confissão, Mimi, e pelas leituras do teu blog, cá entre nós, já imaginava. E Béa, caríssima, tenho certo pavor mineiro de quando não presto...

Anonymous said...

canalha!!