Mar 4, 2007

Dias de amenidades

Passei um final de semana de amenidades, com amigos de longa data, talvez de outros tempos, se amizade for de cunho crônico. Serviu-me imensamente para ter certeza de que estou errado em dedicar todo o meu dia às minhas produções e também para perceber que sou absolutamente incapaz de reverter esta prática. Tomar cerveja, sair pra dançar, conversas agradáveis, tudo isto serve como anestésico da realidade inefável que assalta os olhos mais sensíveis. Tenho me aventurado por tantas áreas e tão complexas (certamente em fuga de algo, de um quando), entretanto, que nunca me resta tempo para estas amenidades. Trago esta noite de domingo presa à pele por culpa e por cansaço. Ainda hoje subo na cruz da arte...

Curiosidade: descobri num poema maduro de Manuel Bandeira dois versos que utilizei na publicação de meu primeiro livro, quando tinha 15 anos. Na biblioteca de meus pais não há nenhum livro de Bandeira. Espero ter sido agraciado por outras adultos com estes versos. Se não, oscilo entre a dádiva de ter escrito pouco feito ele e a desgraça de ser tipicamente um autor de plágios.

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