Mar 4, 2008

Vinícius e o tempo do amor

Em menos de uma semana, mudo-me para Porto Alegre. Novo canto, novo clima, novos rostos, novo tudo. Deixo, para quem sentir, minha coleção de amores. Não foram muitos nem poucos, mas "razoáveis" não é um adjetivo que lhes cairia bem. Digo então que foram um pouco além da medida, na borda da espuma! Neste tempo, pois, que ando a ler Vinícius, algumas das verdades da alma se vestem das cores mais festivas. "O tempo do amor é que é irrecuperável". Exato! Absolutamente exato! Mesmo que ainda nos enganemos que existam outras coisas (sou partidário de que tudo é adorno do amor), por controlarmos pouco o que nos ocorre, somente o amor deveria tirar o sono das gentes. Todo o resto é tão simples e maleável, que, independentemente das condições impostas pelo acaso, sempre o sabemos colocar como se ali fosse feito para ser, ou como se dali lhe tivessem tirado a forma. Salve o poetinha, que, mesmo não sendo poeta, sabia das coisas!

2 comments:

Henrique Magnani said...

Pena, pena mesmo esta partida. Mas também, itinerante e nômade que somos, talvez ainda nos encontremos no Maranhão, em Goa, ou no Goiás Velho.

Aliás, tenho uma teoria interessante: de que quando mais longe estamos, mais provável que nos encontremos. Agora iremos por isso à prova!

Tenho lido e relido alguns dos poemas de seu livro.

Confesso que aprendi, entusiasmado, sobre o agá. Biografia melhor que aquela, nunca vi.

Agora, compromissos acadêmicos selados, volto à tona com minha própria confecção literária.

É tempo de deixar de ser um cara que sabe rimar para aventurar-me em publicações.

Mantemos contato!

Abraços,

Ique

Anonymous said...

Ai, ai... N venha falar de amores a um coração cansado de ser sozinho. Sabe? Assisti before the sunrise, e percebi q tive meu before the sunrise com uma farsa. Não foi tão intenso nem completo como no filme, mas tenho quase a certeza de q teria achado quase tão bonito qnt a historia deles, se tivesse assistido no dia a seguir. Tola. Sabe qual o problema? Que a maneira como tratas os outros é um reflexo de si. Tá aí o problema. A noite foi só metade, pq a outra é podre. Agora eu pergunto: where all the good people go? (sei q citar Jack Johnson n é nada cool, mas q se lixe, eu sou como sou). Triste saber q minhas memórias felizes devem-se em grande parte a momentos q só existiram pq tinham uma camada de bondade, pureza, ou sei lá, q tava nos meus olhos míopes. Muito míopes. Será q alguma coisa, por mínima q seja, que existiu, existiu de verdade? Ou foram projeções do que eu sou (ou tento ser) por dentro, para a vida de fora?