Dec 18, 2006

Contraponto

Pelo teor, de certa forma, erótico de minha última postagem, resolvi contrapor um texto quase etéreo, também feito hoje. Ando bastante inspirado, graças aos meus amigos, minha arte, meus planos, minha bonita. Em agradecimento,

De nossas naturezas

às vezes penso em guardar
os dias
ingênuo
de que são clarões
que não se guarda

marcas de água
em folha fina

por ter meu amor guardado
numa dessas marcas
clarão ela mesma
do passado
me engano de que até o raio
possa
ser guardado
no presente
e o úmido mantido na corrente
qualquer de um rio

rios são folhas puxadas
do avesso

tenho-me etéreo
imenso no breve
papel molhado clarão
amar é ser pequeno como alguém que logo não existe

2 comments:

Anonymous said...

O que aconteceu Carlos...
Está levando em banho-maria...
Não sei não...
Acho que esse cara é um espião...
Senti falta da ironia (talvez essa falta seja em mim) nessas palavras de algodão...
Mas afinal de contas tudo isso não é conversa de travesseiro (dormido).

nydia bonetti said...

Oi
Cheguei aqui através do blog da CD e fiquei impressionada com tua poesia. Voltarei pra ler mais, com certeza.
Abraços
Nydia