Apr 13, 2010

Da tristeza poética

Achei hoje uma resposta que eu procurava há muito tempo! Lá estava eu lendo a Teoria do Romance e (aspas fajutas): "a epopeia é uma época em que a expectativa da ação e a ação coincidem, sem muito espaço para a filosofia, que versaria sobre a diferença entre a ação e o desejo". Cá na minha cabeça, do mesmo bazar das aspas, vale o mesmo pra poesia. Poeta feliz não escreve, vai ao shopping. Poeta feliz não reflete, puxa o brinde. E não estou dizendo ficar em casa, tomando alguma coisa, ouvindo coisa pior. Isso é a valorização da própria tristeza, o que consegue ser ainda mais deprimente da perspectiva dos outros (embora pro próprio "poeta" soe um tanto vazio). Digo sobre ter sempre sujeira nos óculos, De olhar para a tristeza pela face neutra ou triste. Da se compadecer dos outros, de sentir. Nessa tristeza se vive e dela se fazem poetas.

p.s.1: hoje conheci um anjo!

p.s.2: tem novidades e livros de presente lá no Trombone, apareçam!

1 comment:

FlaM said...

acho que nnao é bem a tristeza, guto, mas o desconforto.
mas entendo, pq afinal que maior desconforto que a tristeza, a dor?
bj

(bom topar com anjos)