E não é que recebo a graciosa mensagem de Dinorah dizendo que achou meu poema "H" de "Poemas lançados fora" e queria postá-lo em seu blog. Mas claro! Não é todo dia que o poema acha um canto justo que lhe guarde. O poema sempre foi teu, Dinorah, só esteve emprestado comigo. Se primeiro o vimos num livro que eu assinava, é que nossos olhos não costumam ver os poemas "em estado de dicionário", quando eles pairam sob a materialidade das coisas. Eu e ele, o poema, agradecemos muito que veio levá-lo para casa.
H
No princípio todas as palavras vinham com agá
antes.
Certo dia, por não se saberem úteis,
resolveram deixar a empresa.
Como sempre há fura-greves
e dedos-duros (embora estes não se encaixem na contenda,
o que em nada impede posarem de figurantes),
ficou o agá de hoje, de há, de halo,
de hipogrifo.
Dinorah, faceira que só ela,
hora tem, ora não tem
o pensado,
mas não dito.
Se bem que, com Dinorah,
o agá não é de princípio.
May 21, 2010
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2 comments:
se eu fosse Dinorah, levaria o poema comigoh...adorei sua poesia.
Guto,
Que legal que republicaste o teu poema, realmente ele é muito lindinho!
Viu como tem mais gente que adorou.
Um abraço e obrigada.
Dinorah
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