Aos poucos vou arrumando a casa.
Embora eu não acredite realmente em qualquer sentido cósmico com a virada de ano, achei por bem recomeçar aqui assim que voltasse de férias. Não como a casa velha (lembro que assim chamávamos a grande casa da minha infância, dividida com a avó e as tias), feita para mostrar novos poemas, canções, peças, quadrinhos etc; mas renovada, para ser leve, quase sem teto (como se não fossem pesadas as estrelas!). Deixo a gravidade para os livros, os filmes, o cd's e outros meios. Com a casa velha aprendi a ser paciente e a mostrar-me menos.
A casa nova me servirá para devaneios. Será a fachada do verso. Aquilo que o poema parece ser, mas não é. Aquilo que todos entendem à primeira leitura; única, para os que desistem. Não que seja mentira, só não é tudo. A casa nova me servirá como parede entre mim e o mundo, que começa depois dela.
Os novos cômodos deste ano: um livro novo de versos para abril, um cd para julho, meu primeiro livro infantil para o fim do ano (todos eles com parceiros e amigos).
Tenho feito tanto, e de maneira tão nova! Espero trazer para esta casa em breve tudo isso, mas levianamente. Como se todo o universo não morasse num único verso acertado. Como se tudo pudesse ser feito ou não ser.
Aos poucos vou desarrumando a casa.
Jan 18, 2010
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1 comment:
Seja bem vindo, poeta!
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