Parto hoje pra mais um filme... Acho interessantíssima a experiência de participar de um set de filmagens, ver as transposições possíveis do abstrato para o real, as difíceis traduções do que é texto para o que pode (ou deve) ser encenado. A história em si não é muito complexa. Trata-se de um cara de 28 anos em dúvidas se pula ou não de um penhasco. Ele pula, começam a passar flashbacks que revelam indícios da causa que o levou a ação tão extrema. Ao fim do filme... Ah! Não vou contar o fim do filme, mas prometo uma grande reviravolta. Tenho a péssima mania de tratar produção artística como objeto de estudo. Sempre conto aos amigos os fins de livro, filmes, música etc. Parra dissipar a confusão desta postagem, apresento a cena que mais gosto no filme e já me disponho a enviar uma cópia ou convidar para a projeção quem se interesse.
Cena 3, amanhecer, interna, quarto de Ricardo adulto:
Ricardo (adulto) está deitado em sua cama, de frente, com as mãos cruzadas atrás da nuca. Ele está nu, mas coberto por um lençol. A seu lado, sobre seu braço direito, repousa Simone, uma mulher muito bonita.
RICARDO:
Não rola,né?
SIMONE:
É bom... tudo é muito bom, mas não sei. Tem dias que tô muito feliz, em outros...
RICARDO:
Não posso ser responsável por nenhum dia triste seu.
Simone tomba levemente o corpo, puxando o lençol para cobrir-se, deixando Ricardo exposto. Ela se senta na cama de costas para o namorado.
P.S.: estou escrevendo minha primeira animação, ainda bastante empolgado.
Oct 30, 2007
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2 comments:
Só aceito que chames de grande reviravolta se ele sobreviver. Caso contrário é morte. E morte é morte. Dps de morrida n interessa muito como foi.Pelo menos pra quem morreu, não interessa.
E espero que não insinues que a culpa do rapaz ser transtornado é da moça complicada.Os rapaz transtornados gostam das complicadas, e vice-versa, mas eles não teêm culpa da natureza um do outro. E obviamente, isso não é um comentario sobre teu filme, muito menos um dogma. Não é absoluta, não é incontestável, mas é verdade.
Espero poder ver o filme. Aliás, espero, um dia, poder fazê-los também.
Abraço!
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